Por Alberto Nannini
Falando de livros autobiográficos, o que poderia ser considerado “interessante” hoje? Pseudo-artistas publicam autobiografias com 20 e poucos anos, e nem é preciso dizer o quanto isso é estúpido. Celebridades que contratam pessoas para planejar quais “atitudes” devem manter para ficarem sempre em evidência também publicam suas previsíveis e ridículas historietas. Isto é patético.
Do outro lado, artistas sabidamente polêmicos lançam as suas biografias, e a “estranheza” de suas vidas é garantia de boas vendas e prestígio. Isto já é, pelo menos, curioso.
E sobre gente comum? Há um modismo agora, que é o de aqueles, que vindos da seleta faixa de status financeiro “AAA”, contarem suas odisséias de sexo e drogas; há nisso para nós, os simples mortais, algum ensinamento, talvez na linha de “quem tudo tem, tudo perde”, ou “nós, pobres e remediados, temos a ilusão que o dinheiro trará felicidade, enquanto os ricos nem isso podem ter”. Vá lá, isto talvez seja algo quase interessante. A dor é universal.
Mas e sobre gente comum mesmo, no lado mais esquecido do mundo, contando sobre seus valores, suas crenças, seus pequenos segredos, que acabam servindo como pano de fundo de algo indescritível: ser apanhado de súbito pelo horror, o horror da maneira mais hedionda e dolorosa, e contar uma história inimaginável, de tudo aquilo que lhe foi roubado, dentre fumaça, sangue, pólvora e absurdo. E sobre isso, que se acontecesse conosco apenas um décimo, choraríamos convulsivamente, e nos revoltaríamos como os bebezões mimados que somos, protestando que não é justo?
Isto não é apenas interessante. É algo como… Difícil achar a palavra, mas pense como algo que você descobre que te dá a sensação que TODOS, ABSOLUTAMENTE TODOS, deveriam descobrir, e com máxima urgência (a história única é outro destes casos).
Falo de Muito Longe de Casa, de Ishmael Beah.
Ishmael era um garoto de Serra Leoa, nascido em 1980, apreciador de literatura, rap e hip-hop, e com algumas particularidades oriundas de sua cultura – como o fato de adorar ouvir histórias, recitar Shakespeare desde criancinha na praça, aos olhos de seus orgulhosos pais, ter legítimo respeito e até reverência aos mais velhos, e valorizar o contato com a natureza – que nos parecem tristemente distantes, mas com muito mais em comum, conosco e com qualquer outra pessoa do mundo, tais como sonhos, vontades, família, valores.
De repente, no ínicio de 1993, a guerra o alcança, e ele tem que largar tudo, em companhia de apenas alguns garotos como ele, do alto de seus 12 anos, e partir sem rumo, tentando sobreviver mais um dia. Seus relatos de fome, e das várias vezes que ele escapa da morte por pura sorte, parecem ficção. São tão impressionantes que, mesmo se fossem mal redigidos, já estarreceriam; mas o estilo dele é limpo, claro, até poético, e ele se dá tanto a conhecer como narrador que em determinado momento, vocês já são íntimos, e já está torcendo por ele e pelos seus amigos como torceria para alguém muito querido.
Ishmael relata ter uma memória prodigiosa e fotográfica, e jamais poderia imaginar que esta seria uma grande maldição. Em determinado momento, já separado do grupo de amigos que lhe era mais próximos, e unido a outros garotos que ele conhecia apenas de vista, por conveniências que a guerra cria, ele se lembra do relato de um deles, Saidu:
– Quantas vezes mais vamos ter que enfrentar a morte até encontrarmos segurança? – perguntou. Ele esperou alguns minutos, mas nenhum de nós três disse qualquer coisa. Ele continuou: – Toda vez que somos perseguidos por gente que quer nos matar, fecho os olhos e espero pela morte. Apesar de ainda estar vivo, sinto como se, cada vez que aceito a morte, parte de mim morresse. Muito em breve eu vou morrer completamente e tudo que sobrar de mim será meu corpo vazio, andando com vocês. Ele será mais silencioso do que eu.
Mais à frente, ele relata, sem a menor pretensão de causar impacto ou sensacionalismo, o que este garoto teve que testemunhar para ficar assim. Não há alarde: a história pavorosa de Saidu é apenas mais uma da guerra.
Como de praxe no assunto, a razão da guerra civil em Serra Leoa é totalmente obscura. Um partido é eleito, aí há um golpe militar, ou paramilitar, aí há rebelião, aí há guerra, e o sangue dos inocentes vai alagar o chão. Sempre assim.
Quando já estamos até enojados com a animalidade dos algozes das famílias dos meninos, nos perguntando que tipo de pessoas fariam aquilo, o livro mostra o resultado possível da guerra, e suas inflexíveis opções: fuja ou lute; senão, morra.
Revoltado por um golpe final do destino, Ishmael é recrutado pelo Exército, um dos lados da guerra; o outro lado, do qual ele fugia, era o RUF, sigla para Frente Unida Revolucionária, no inglês-creole de Serra Leoa. Ele vai parar de fugir agora, e vai lutar.
A partir daqui que o livro realmente vai te pegar pelo coração, para amassá-lo como se fosse massa de pizza. Porque vai te mostrar como parece “natural” que um garoto de 13 anos recém-completos, com inteligência acima da média, que cresceu com tudo aquilo que realmente importa, pode ser transformado numa máquina assassina. Dê-lhes drogas a vontade, como “brown-brown”, que é nada mais nada menos do que cocaína misturada com pólvora(!), um treinamento de fazer o do BOPE parecer um passeio num carrossel, nenhum passatempo que não assistir a filmes de guerra, um fuzil AK 47, alguns quilos de munição e bombas, e uma eficiente lavagem cerebral. E você lhes tirou tudo, e transformou-os em algo… desumano. E estamos falando de crianças, algumas menores do que os fuzis que carregavam.
Depois de muito sangue e matança, os garotos sobreviventes são soldados, e alguns deles tem a distinção de ter um apelido, como o “Rambinho”, que imitando o personagem, invadiu uma aldeia sozinho com uma faca, e o “Cobra Verde”, dado a Ishmael, por se confundir com a natureza e ser letal no ataque. Tudo o que eles vivem é a guerra, ao ponto de suas conversas girarem em torno de conseguir não melhores roupas, tênis ou talvez carros, como os adolescentes que conhecemos, mas em ter maiores e mais mortíferas armas.
Então, o comandante de Ishmael o indica para resgate por representantes unidos de alguns organismos internacionais de ação humanitária, como a ONU/UNICEF, cheios de boas intenções, com alguns outros garotos. Ele não sabe por que foi “entregue”, nem para onde está indo. Só que, no galpão para onde estão sendo levados, os tais representantes já tinham deixado outros garotos para ser “reabilitados”, e dentre eles, estão garotos rebeldes do RUF, seus arqui-inimigos. Quando eles chegam lá, o inevitável: tensão, provocação, identificação de aliados e inimigos, e a guerra explode de novo, e coisas como esta passagem acontecem: “Quando os garotos avançaram, joguei a granada pra cima deles, mas a explosão não aconteceu. Saímos debaixo da sacada onde nos protegíamos e pulamos no pátio aberto, onde começamos a brigar. Alguns de nós tinham baionetas, outros não.“
O caminho a seguir é árduo, tanto para os garotos que sobrevivem a este primeiro embate, quanto para os auxiliadores.
Mas Ishmael chegou aqui para nos contar sua história.
Ainda estou “processando” tudo o que este magnífico livro me ofereceu. A história de redenção dele é provavelmente a mais impressionante que já li. Quando lemos sobre pessoas que desceram fundo nas drogas, ou no crime, e retornaram, também nos impressionamos. Mas estas redenções parecem “possíveis”, ainda que muito difíceis, sem dúvida. E o caminho para o fundo do poço, nestes casos, envolveu, em algum momento, escolhas. Péssimas, mas escolhas.
Mas no caso de Ishmael, não. Em todas suas “não-escolhas”, não houve sequer alguma vantagem inicial, como a vertigem de euforia/entorpecimento das drogas, ou como o “glamour” do mundo do crime. Ele não escolheu a guerra, foi apanhado por ela. Não escolheu perder tudo, tudo lhe foi tomado. Não escolheu virar o que chegou a virar, era isso ou a morte.
Justamente por isso, eu sempre imaginei ser impossível que alguém “desumanizado” dessa forma conseguisse recobrar sua dignidade. Mas Ishmael, agora representante internacional e palestrante, prova que é possível recuperar crianças-soldado, e que não há “lado certo” em guerras: o outro lado, dos rebeldes, por conseguinte, era garotos mais ou menos como ele. A maioria, não pôde ter o seu destino (não pude escrever “sorte” nem entre aspas, me pareceu desrespeitoso, embora seja bastante possível que o autor se sinta sortudo, hoje).
Entender um pouco da dinâmica dos envolvidos em guerras, especialmente quando isso é algo muito distante de nossa realidade, nos ajuda a entender a humanidade, e a perceber de quais extremos somos capazes. Ishmael sobreviveu e ascendeu, e é testemunha viva de que há possibilidade de redenção até em meio às trevas absolutas.
Fez também com que eu me perguntasse o que exatamente me separa da “animalidade”. Obedeço leis, por que tenho muito a perder desrespeitando-as, mas num momento de raiva, eu não mataria alguém que parece me ameaçar ou atrapalhar? Com as devidas desculpas, e tendo a quem responsabilizar, eu não faria isso, ou até pior? Há experiências consagradas, como a de MILGRAM, que se debruçam sobre este dilema, e o que elas descobriram ajudou a entender melhor situações como o holocausto na 2ª Guerra. Eis aqui um artigo curto e muito bem escrito que fala sobre o assunto.
O frágil tecido que compõe nossa sociedade e nossos valores pode ser rompido por alguma estupidez vinda dos nossos governantes apenas pouco maior do que a que já estamos acostumados. Numa situação extrema, aonde o caos impere e tudo me seja tirado, o que eu seria capaz de fazer? E o que eu realmente tenho que é meu, e que não poderiam tirar?
Não sei responder, mas agradeço a Ishmael por ter olhado para seu abismo, e depois de ter sido encarado de volta por ele, ter sobrevivido para nos contar. Isso me concedeu um tipo de esperança que eu tinha perdido, e da qual sentia falta.
Há aqueles que, como nós, podem ter esperanças e sonhos. Há pouquíssimos que, como Ishmael, “ressuscitam” para uma nova vida, apesar do esforço da morte em levá-los. E há aqueles tantos que simplesmente morrem, antes de.
Por isso, este livro eu não vou te recomendar, vou te implorar para que leia.
Acredite, é muito importante. A voz dele quase não nos chega, e seria mais uma perda, mais um punhado de histórias e sonhos que nunca seriam conhecidos, mais um desperdício que jamais poderia ser justificado. Como tantos, milhões, juntando-se num infinito oceano de sangue que já foi derramado, e que continua sendo…
… no preciso momento em que você está lendo isto.
Maravilhoso! Vou querer ler, correndo… e ainda indico.
Parabéns pela resenha. Bjs.
Olá, Cecília!
Obrigado pelo comentário! Olha, o livro é tudo isso e muito mais, vale a pena procurá-lo! Como a edição é relativamente antiga, pode ser até que se encontre em sebos de estoque bem fornido!
Até mais!
Beto
Esse livro parece ser muito interessante, no meio de tantas autobiografias desinteressantes… Não sei qual é o pior se são celebridades,rockstar, que lançam biografias esculhanbando todo mundo, relatano os barracos Ou se são os meros mortais que lançam suas biografias meio auto-ajuda: “eu sou um vencedor, vc será também” Cheio de soluções e conselhos para o sucesso. Rs Acho que esses livros consegue transmitir reflexão, humanidade. O noticiario relata a parte politica e a segurança. Dificilmente o q as pessoas sentem, o pq fizeram isso ou aquilo. Uma vez eu li um relato de guerra de uma jornalista americana . e perguntaram como ela estava e se depois q voltou, mudou alguma coisa na sua vida? Ela terminou a resposta assim: Não sou a mesma pessoa porém eu ainda choro. Nunca me esqueci desta reportagem.: .Vou anotar o nome e por na lista do proximo q vou ler. Perfeito Alberto 😉 Me Deixou com vontade.
Perfeito então, Maiara!! Era esta a intenção!! rsrs
Concordo com vc, quase tudo é ou fútil ou massificante. Acho q a auto-ajuda não consegue fugir disso, justamente porque tenta ter o maior alcance possível; dizer algo q sirva para quase todos fatalmente será redundâncias ou platitudes.
Mas então, voltando, coincidentemente, li dois livros sobre guerra na sequência: “Onde os Homens Encontram a Glória”, de Jon KRAKAUER, e este. O 1º é bom, vale pelo autor, um dos gigantes do jornalismo literário, mas o de Ishmael merece uma categoria à parte. É um livro que transcede o papel, ele fica te acompanhando, as histórias, as lutas, os exemplos, reverberam na sua cabeça, acho que por anos, talvez pra vida toda.
Se puder, leia correndo!
Bjs!
É claro que qualquer um que ler este artigo vai ficar com muita vontade de ler o livro. Quanto vc está ganhando por cada unidade vendida? rsrsrsrsrrs
Só podia ter sido um pouquinho mais breve…rsrsrrsrs
De qualquer forma, muito bom!
Oi, Dé!
Ah, espero que fique mesmo! Eu estava pensando, a gente lê tanta coisa irrelevante, né? Resumo de novela, receita que nunca faremos, livros que são bem fraquinhos… Precisamos ler algo com substância, nem que só de vez em quando, para que nossos cérebros não “atrofiem”!
Quanto à concisão, eu a persigo, mas como vc pode ver até por este breve comentário, ela sempre me escapa… rsrsrs
Bjão, e vc é a 2ª da fila!
Beto
Oi Nê!
À respeito de leituras ‘inúteis’, desnecessário comentar, até porque se não houvesse público para todos aqueles tipo de leituras, elas acabariam, naturalmente, desaparecendo, mas…como isso não acontece…enfim…Claro que este artigo nos incentiva a ler este livro tão especial e revelador. O que me pergunto é se terei efetivamente a coragem necessária para fazê-lo. É que considero-me bastante fraca para este tipo de leitura, não pelo seu realismo, claro, mas pelo seu próprio conteúdo, uma vez que não sou muito boa para lidar com as atrocidades de que o ser humano é capaz, justificando-se que o faz em nome disto ou daquilo. Você se imagina numa situação extrema, e pergunta-se qual seria a sua reação: claro que não podemos ter certeza até nos depararmos com ela, de fato, mas penso que você não seria capaz de cometer atrocidades, mesmo em nome da sobrevivência, porque toda a sua vida foi totalmente distante deste tipo de realidade, como você mesmo frisou. Não nos considero melhor, nem pior do que ninguém por causa disso; ocorre apenas que temos maneiras diferentes de enxergar as coisas, e talvez até mesmo os instintos que nos movem sejam diversos, por força das circunstâncias. Lendo Persépolis (estou quase terminando; muito bom!), isto me parece ainda mais claro, de que o ambiente, as pessoas com quem se convive, e claro, seus valores e suas convicções, seriam fatores determinantes numa situação extrema. Por outro lado, é reconfortante saber que uma pessoa que conheceu o caos em sua forma mais crua e escura, pelo que você descreveu, foi capaz de sobreviver e retornar deste abismo, apta mesmo a relatar memórias que talvez a grande maioria dos mortais, simplesmente “bloqueasse”, por conta de uma inevitável e indispensável questão de auto-defesa.
Adorei a sua maneira de nos convencer a ler o livro: espero, sinceramente, que algum dia eu encontre ‘coragem emocional’ para lê-lo, rsrs!
Bjs
Oi, Lê!
Sobre o livro, entendo perfeitamente seu “receio” em ler, e digo que realmente é preciso “estômago”. Engraçado como os livros reaparecem para nós: comecei a lê-lo há alguns anos, e ele não tinha me chamado a atenção; qdo o reencontrei, comecei de novo, e não consegui mais largá-lo.
Creio q somos moldados pela genética, pela educação recebida, pelo meio e cultura nos quais vivemos, além de por nossas opções, mesmo desde muito pequenos. Já adultos, temos uma espécie de “esqueleto” nosso, que tenderia a resistir, mesmo se nos tirassem tudo o que nos recobre. O pavor é ter realmente q passar por isso, por alguma situação catastrófica, e ter que acessar partes nossas que sequer conhecíamos, ainda mais se formos ainda crianças.
De qualquer maneira, este livro magnífico empresta a nós sua tenebrosa experiência, para que enxerguemos o pavor confortavelmente sentados em nossas poltronas, e reflitamos sobre o q somos,e sobre o que poderíamos ser. Ajuda a valorizar o q temos.
Qdo quiser ler o livro, está a disposição!
Bjão, e mto obrigado pelo comentário!
Nê
Lindo!!!!
Eu quis terminar de ler o livro para poder comentar.
É sem dúvida uma autobiografia muito bem redigida,todas as pessoas sem dúvida alguma deveriam ler,as vezes achamos que passamos por momentos complicados na vida… ,mas depois desse livro percebemos que momentos complicadíssimos passou Ishmael,que perdeu tudo de uma unica vez,teve que “aprender” a conviver com armas,sangue,matança,drogas,guerra… E depois, o que é mais incrível ainda,mesmo com sua memória sempre constante das piores coisas que alguém poderia passar, conseguiu se reabilitar e voltou a ter uma vida digna.
É possível termos sonhos e esperanças!
Beijos,amor!!!
Oi, Linda!!!
É verdade, todas as pessoas deveriam mesmo ler algo assim. Eu até “viajo” um pouco: pq um livro deste não é trabalhado nas escolas? Esta molecada mimada de hoje, que tem tudo e que sempre querem mais e mais, podiam ler pra tentar entender o q é perder tudo, até o pouco que se tinha.
Neste mundo maluco, precisamos saber que há chamas que teimam em ficar acesas, mesmo no meio da escuridão absoluta.
Adoro discutir o q leio com vc, obrigado pela paciência!
Bjs, Amor!
Caramba, coincidência (ou não, né) vc linkar o texto da folha. Eu, enquanto lia seu post, me lembrava mesmo dos experimentos de Milgram e Zimbardo, sobre a que ponto nossa natureza pode chegar se submetida e exposta a determinados tipos de situações. Também me remeteu ao cenário proposto pelo Saramago no “Ensaio sobre a Cegueira”.
Tenho lido algumas coisas sobre a “natureza” humana e determinados tipos de comportamento. Devo escrever sobre isso nos próximos posts também (com uma dica de leitura bem indigesta, mas boa para aproximar a gente de realidades que bastam um “estopim” para acontecerem). Vou aceitar sua “implorada” e ler o quanto antes. Dica valiosa, Betão! E, novamente, ótimo texto.
Vamo que vamo!
Fala, Gugu!
Ótima lembrança do “Ensaio Sobre a Cegueira”, um dos livros mais tensos que já li! Quando rúi algum dos frágeis pilares sobre os quais se sustentam nossa sociedade e nosso sistema, pode aparecer o lado bárbaro dos homens. Lembrei-me também de uma revolta que houve nos EUA, no começo dos anos 90, pelo espancamento de Rodney King, negro, por policiais brancos; a onda de revolta mostrou cenas absurdas, e eu gravei na memória um cara jogando UM PARALELEPÍPEDO na cabeça de um motorista de caminhão que já tinha tomado uma martelada na cabeça e estava indefeso no chão.
E mais absurdo é pensar em pessoas que não precisam de pretexto para serem monstruosas… psicopatas, disfarçados de gente. Vale um post, não vale? hehehe
Valeu, abração, e bóra!
Beto
[…] colunista aqui no Canto, propôs, só pra variar, uma discussão interessante em seu último post, sobre a que ponto nossa natureza pode chegar se submetida e exposta a determinados tipos de […]
[…] coluna, o Beto falou de Planolândia e visitantes de uma quinta dimensão, perspectiva, resenhou o Muito longe de casa, de Ishmael Beah, racionalizou sobre Deus e relacionou Literatura com […]
[…] e o Igor falamos sobre a hipótese da organização do mundo e da sociedade como a conhecemos ruir (aqui e aqui). Não é algo que se pense ou escreva com frequência, a não ser que você seja meio […]
Já li ele 2 vezes .
Maravilhoso . xD
Outro também muito bom , é ” O sobrevivente – Memórias de um brasileiro que escapou de auschwitz ” .
E perfeito .
Me dá certa esperança , os dois livros aponta história de superação e como existe pessoas esvaziadas .
Os dois passaram por um inferno ,e não perdeu o amor a vida , e percebe que a gente não SOFRE NADA .
Vale a pena ler 😉
[…] da resenha que fala sobre a obra praticamente da mesma forma que minha outra resenha, que fala sobre Ishmael Beah e sua história como menino–soldado na Serra Leoa, no magnífico Muito longe de…. Immaculée Ilibagiza agora se soma a ele, no rol dos livros extraordinários que eu li, que contam […]