Abaixo de zero
Bret Easton Ellis
L&PM
Abaixo de zero é o livro de estreia de Bret Easton Ellis. Lançado em 1985, é um retrato visceral da geração perdida dos anos 80. Clay, o protagonista, de férias da faculdade, volta para a casa dos pais em Los Angeles. Juntamente com os amigos da época do colégio e uma antiga namorada, entra numa espiral de drogas, sexo e dinheiro que acentua o vazio existencial de toda essa geração. Esse destino incerto é retomado pelo autor 25 anos depois em Suítes imperiais (Rocco, 2011), no qual mostra esses mesmos personagens, já adultos, confrontando suas experiências passadas.
Com seu primeiro livro, Bret Easton Ellis que, na época do lançamento tinha praticamente a mesma idade dos personagens, chamou a atenção para a passividade e a inconsequência dessa juventude e delineou aquela que seria a temática central de sua obra: como as cicatrizes da adolescência podem ser profundas e difíceis de apagar.
Mériam Korichi
L&PM
Quando Andrew Warhola (1928-1987) chegou a Nova York em 1949, vindo da inóspita Pittsburgh, ele tinha 21 anos e uma obsessão: tornar-se célebre. O jovem descendente de imigrantes logo fabricou Andy Warhol, este personagem midiático, adulado, controverso, que tudo queria e tudo fazia acontecer. Era pintor, escultor, fotógrafo. Era ator, homem de televisão, manequim. Era produtor de banda de rock, diretor de revista. Era dramaturgo, cineasta, romancista. Criou um universo, a legendária Factory, onde circulavam livremente drogas, sexo, artistas e vagabundos. Era um verdadeiro rebelde, genial, inventivo, underground. Por trás de sua peruca prateada, seu exibicionismo, escondia-se um criador exigente e frágil, cuja vida e obra formaram um espelho desencantado e cheio de humor. Mais que um personagem, tornou-se um mito.
Mario Bellatin
Cosacnaify
Segundo livro de Mario Bellatin publicado pela Cosac Naify, Cães heróis é a perturbadora história de um homem paraplégico, seu enfermeiro e trinta pastores belga malinois “prontos para matar quem quer que seja com uma única mordida na jugular”. Assim como em Flores, a edição brasileira de Cães heróis tem projeto gráfico radical: com letras que aumentam e diminuem de acordo com a intensidade da narrativa, o livro vem “mutilado”, com uma embalagem de plástico no lugar da capa.
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