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Archive for the ‘De tudo um pouco’ Category

O fim do Canto

ripAmigos, como vão?

Como vocês podem perceber, o Canto anda um tanto empoeirado. Por conta da vida de cada um de seus colaboradores, as postagens por aqui se tornaram cada vez mais raras. Pois bem, agora venho aqui apenas para oficializar o que já era evidente: o Canto dos Livros chega ao seu fim, este é o último post deste blog.

Acredito que, desde 2009, cumprimos um bom papel, tanto divulgando livros, autores e ideias, quanto refletindo sobre a literatura, em especial a contemporânea. Esse conteúdo continuará por aqui, disponível para todos.

Eu, Rodrigo Casarin, que editei este Canto ao longo desses anos, sigo com um novo blog sobre literatura, o Página Cinco, do Uol. Quem quiser me acompanhar, eis o endereço: paginacinco.blogosfera.uol.com.br e a página do Facebook: http://www.facebook.com/paginacinco.

[Atualização em 28/07/2015] Já o Alberto Nannini tem publicado seus textos no www.livrossa.com.

Se algum dos outros integrantes tiver alguma novidade, volto neste mesmo post para avisar.

E obrigado a todos que prestigiaram nosso trabalho.

Grande abraço.

Rodrigo Casarin

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Por Rodrigo Casarin

Assassin`s Creed vol 2 Ð IrmandadeDurante muito tempo foi – e ainda é – bastante comum vermos livros virarem jogos, normalmente passando antes pelo cinema. Assim aconteceu com as séries Harry Potter e Senhor dos anéis, para ficarmos em apenas dois exemplos bastante conhecidos e recentes. Contudo, ultimamente temos visto o caminho contrário sendo percorrido. Jogos de franquias como Assassin’s Creed, God of War e Diablo ganharam primeiro as plataformas de videogames para depois serem transpostos para as páginas impressas e chegarem às prateleiras de livrarias.

No Brasil, esse fenômeno é bastante recente, começou nesta segunda década do século XXI, e acompanha um movimento que já vinha acontecendo há algum tempo nos Estados Unidos. Jogos estão virando livros porque “estão mais sofisticados, com roteiros bem amarrados e complexos”, diz Ana Lima, editora executiva do selo Galera, braço para títulos juvenis da editora Record e maior responsável pela publicação de versões de games para livros no Brasil. São deles títulos como World of Warcraft, Battlefield 3 e Assassin’s Creed (vejam mais detalhes das obras abaixo).

A publicação dessas obras, que normalmente fazem grande sucesso com o público, apenas segue o crescimento que o mercado de games vem tendo no país. São livros que permitem ao jogador ampliar a relação com seus jogos favoritos por meio de uma experiência diferente da proporcionada pelos videogames (a leitura, no caso). “Esses livros funcionam como parte do universo expandido do game. Por meio deles, o leitor poderá conhecer melhor um personagem ou evento específico dos jogos. Os livros não relatam exatamente o que acontece no jogo, por isso são interessantes”, explica Ana.

A declaração da editora executiva do selo Galera encontra eco na “Nota do Autor” de Battlefield 3 – o Russo, escrito por Peter Grimsdale em parceria com Andy McNab, que participou de toda a elaboração do jogo como consultor – era o responsável para que Battlefield3-br.inddo enredo e os detalhes do campo de batalha ficassem verossímeis. “O jogo é apenas uma das partes para toda a experiência que é BF3 – e este livro é outra. Pareceu uma sequência natural escrever um romance que complemente o jogo, já que ainda havia muita história para contar […]. Este livro dá ao leitor a oportunidade de ver as coisas do ponto de vista dele [Dmitri “Dima” Mayakovsky, protagonista da trama] e de talvez entender as decisões e atitudes de Dima quando ele se encontra nas situações mais improváveis”, escreve McNab na nota.

Apesar do autor e da editora defenderem a relevância do trabalho para que haja um maior aprofundamento na história do jogo, nem todos os leitores enxergam dessa maneira. O redator e analista de comunicação Eder Martins, de 31 anos, conta que esperava uma simples transposição do jogo para o livro quando resolveu ler Assassin’s Creed – Renascença. “Como me baseei nas terríveis adaptações de jogos para o cinema, criei uma expectativa bastante baixa”. Isso fez com que Martins se surpreendesse ao ler a obra, ainda que tenha uma visão bastante crítica sobre ela. “Para quem é fã do jogo, o livro é ótimo; para quem quer somente ler para passar o tempo, também; agora, para quem busca uma leitura mais séria, não vale a pena. Apesar da grande fidelidade ao jogo, não há complexidades nem retratos tão profundos de um período histórico, o que poderia ter sido trabalhado e deixaria a obra menos rasa”, argumenta.

Talvez sejam títulos realmente destinados àqueles que já são fãs dos respectivos games. Em uma leitura rápida de algumas obras, a impressão que fica é que os autores diversas vezes tentam transpôr para as letras a constante ação que muita gente espera de um jogo de videogame. Para continuarmos no exemplo da série Assassin’s Creed, é difícil encontrarmos nos livros algum trecho significativo que não esteja permeado por cenas de violência, o que pode ao mesmo tempo atrair quem quer algo bastante próximo ao game e afastar aqueles que esperam que um livro permita momentos de introspecção e reflexão, por exemplo. Contudo, o veredito final sobre a importância dessas obras sempre será, ao menos em um primeiro momento, sempre do leitor.

Assassin’s Creed

É a série com o maior número de adaptações para livros, seja em formato de narrativa convencional, seja por meio de quadrinhos. As narrativas em prosa são assinadas por Oliver Bowden, pseudônimo de um escritor e historiador do Renascimento, e, tais quais nos jogos, levam o leitor à Itália renascentista (em Renascimento), a Roma comandada pela família Bórgia (em Irmandade), ao DIABLOImpério Otomano (em Revelações), Constantinopla (em A cruzada secreta), à Era de ouro da pirataria (em Bandeira negra) e à Guerra de Independência dos Estados Unidos (em Renegado).

Diablo III

A antiga série Diablo virou livro quando o game chegou a sua terceira edição. Diablo III – a ordem traz a história de Deckard Cain em busca dos membros perdidos da ordem Horadrim, da qual faz parte e supostamente é o último sobrevivente. O grande objetivo é salvar o Santuário onde a história se passa, em uma época anterior à retratada no jogo, das forças demoníacas do Inferno Ardente. Já Diablo III – Livro de Cain é uma espécie de edição ampliada e de luxo do primeiro livro, que acrescenta à história elementos e segredos até então inéditos.

God of War

O livro homônimo à série traz a história que deu origem ao jogo, buscando detalhar o passado de Kratos, guerreiro que trabalha para os deuses do Olimpo e, após alguns entreveres, foca a sua vida em conseguir matar Ares, o deus da Guerra. Já no segundo livro, God of War 2, Kratos continua com suas vinganças. Dessa vez, o objetivo é aniquilar Zeus, o deus maior. Bem como o jogo, os livros são recheados de influências da mitologia grega.

APAGAAAAARWorld os Warcraft

A franquia World os Warcraft conta com três livros lançados no Brasil. Marés da guerra é protagonizado pela feiticeira Jaina Proudmore, que luta pela improvável paz entre a Aliança e a Horda e prepara o jogador para a expansão do jogo Mists of Pandaria. Em Sombras da Horda, o foco está sobre Vol’jin, que, refugiado em um monastério para se recuperar de ferimentos, não percebe que uma série de ataques estão sendo planejados pela tribo Zandalari em Pandária. Por fim, em Ruptura, Thrall, xamã e chefe guerreiro de Horda, precisa descobrir o que acontece de errado com os espíritos elementais e as forças sensíveis da terra para prevenir uma catástrofe que está por vir.

Uncharted

EmUncharted – o quarto labirinto, o corpo de um arqueólogo e especialista em labirintos mitológicos é encontrado esquartejado dentro de uma mala em Nova Iorque. Então, um de seus melhores amigos, Victor Sullivan, pede ajuda ao caçador de tesouros Nathan Drake e, junto de Jada, filha do arqueólogo morto, vão em busca de desvendar o assassinato e descobrem que o crime está profundamente ligado aos misteriosos labirintos da antiguidade.

Battlefield

Battlefield 3 – o russo se passa em uma União Soviética caída, dividida por oligarquias, máfias e políticos corruptos. Ogivas nucleares caem nas mãos de perigosos terroristas e cabe a Dima Mayakovsky detê-los e recuperá-las sem que informações sobre o que está acontecendo cheguem aos ouvidos dos estadunidenses.

Texto publicado originalmente na edição 150 da revista EGW.

 

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CLB26 CapaA Colômbia de Gabriel García Márquez, as histórias do tempo colonial e retratos instantâneos da geografia, povo e situações sociais são a primeira plataforma de leitura de Colômbia Espelho América 26, de Edvaldo Pereira Lima, nova edição atualizada de obra lançada com título ligeiramente modificado em 1987. A segunda é o tema subjacente do sonho da integração latino-americana, espelhado nas dores e dramas da situação colombiana.

“Tantos anos depois, o livro ganha um status de registro histórico, além de atualizar aspectos da vida colombiana de hoje”, comenta o autor, professor universitário, escritor e jornalista. Trata-se, comenta, de um formato narrativo singular da literatura de não ficção cujo propósito é oferecer ao leitor um mergulho intelectual, simbólico e sensorial em locais onde o escritor penetra como protagonista de uma jornada de descoberta, carregando consigo a probabilidade da projeção futura de quem vai lê-lo.

“Quando saiu a primeira edição, o Brasil dava pouca atenção a seus vizinhos de língua espanhola”, prossegue o autor. “Não mudou muito na área cultural, mas no setor empresarial muita gente agora se interessa, pois cresce a presença corporativa brasileira nos demais mercados sul-americanos. A Colômbia, em particular, ganha muita atenção, pois tem o segundo mercado doméstico mais importante da região após o Brasil. Da mesma forma, a curiosidade dos colombianos pelo nosso país se amplia, mobilizando muita gente a aprender o português, além de se informar sobre a cultura e a economia brasileira”.

O livro serve como introdução ligeira à Colômbia, além de discutir a questão da integração continental. É, para o autor, também um trampolim convidativo para estimular o leitor a outras leituras mais ambiciosas ou a viagens de conhecimento cujo propósito transcende o interesse meramente turístico.

A obra é publicada pelo sistema editorial Clube de Autores. Clique aqui para visitar sua página.

Veja a entrevista que fizemos em janeiro do ano passado com Edvaldo Pereira Lima.

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336 horas

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Veja aqui a entrevista que fizemos com Reinaldo Moraes e a resenha de Pornopopéia.

E clique aqui para mais informações sobre o evento.

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capa_historia_O - 2.inddA história de “O”

Guido Crepax

L&PM

Em A história de “O”, do italiano Guido Crepax – baseada no livro homônimo de Pauline Réage –, a personagem título, chamada simplesmente de “O”, é levada a um castelo por seu amante René. Lá, ela é submetida a uma série de práticas de dominação, incluindo as mais criativas e bizarras fantasias de seu “senhor”. A partir daí, “O” descobre que prazer e submissão são dois lados da mesma moeda e que carrasco e vítima não passam de cúmplices em um pacto sinistro que pode satisfazer a todos. 

 

capa_perdidoemalpago1 copyPerdido e mal pago: nerds em apuros

Bob Fingerman

Gal Editora

A Vida é um drama… mas só às vezes!

Rob Hoffman não tem muitos problemas na vida. Ele trabalha como desenhista de gibis pornográficos, escreve críticas de histórias em quadrinhos e tem uma existência regada a filmes, livros e seriados de TV.

Mas as coisas começam a mudar quando Rob resolve que é hora de tornar mais sério seu relacionamento com a namorada, Sylvia Fanucci. Agora, Rob terá que procurar um novo apartamento, se preocupar com os desafios da vida a dois, enfrentar a possibilidade de uma gravidez indesejada e, ainda por cima, visitar convenções de quadrinhos frequentadas pelos tipos mais inusitados já vistos.

Pelo menos, Bob tem um grupo de amigos sempre pronto a apoiá-lo. Entre eles estão Jack, um celibatário fissurado em literatura e HQs; Max, que nunca dá sorte com as garotas; Maddie, a amiga lésbica de Sylvia; Elvis, um rotundo editor de revistas; Matt, um viciado em filmes e bonecos de Godzilla; e a namorada deste, a stripper Azure.

Perdido e Mal Pago (Minimum Wage) mistura drama, humor e referências à Cultura Pop para contar uma história humana e divertida. Criada pelo quadrinista e romancista Bob Fingerman, a série foi indicado aos prêmios Eisner e Ignatz na categoria “Melhor Graphic Novel” em 2003. Entre os destaques do primeiro volume da série no Brasil, que traz o subtítulo “Nerds em Apuros”, está uma história sobre aborto que causou polêmica à época de seu lançamento.

Extras: Capa produzida especialmente para o Brasil • Introdução do autor, exclusiva para a edição nacional • Rascunhos iniciais dos personagens • Guia de referências culturais

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ciclo de crítica

Confira aqui a entrevista que realizamos com Ricardo Lísias.

E aqui e aqui as resenhas de O céu dos suicidas.

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