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Posts Tagged ‘Lançamento’

CLB26 CapaA Colômbia de Gabriel García Márquez, as histórias do tempo colonial e retratos instantâneos da geografia, povo e situações sociais são a primeira plataforma de leitura de Colômbia Espelho América 26, de Edvaldo Pereira Lima, nova edição atualizada de obra lançada com título ligeiramente modificado em 1987. A segunda é o tema subjacente do sonho da integração latino-americana, espelhado nas dores e dramas da situação colombiana.

“Tantos anos depois, o livro ganha um status de registro histórico, além de atualizar aspectos da vida colombiana de hoje”, comenta o autor, professor universitário, escritor e jornalista. Trata-se, comenta, de um formato narrativo singular da literatura de não ficção cujo propósito é oferecer ao leitor um mergulho intelectual, simbólico e sensorial em locais onde o escritor penetra como protagonista de uma jornada de descoberta, carregando consigo a probabilidade da projeção futura de quem vai lê-lo.

“Quando saiu a primeira edição, o Brasil dava pouca atenção a seus vizinhos de língua espanhola”, prossegue o autor. “Não mudou muito na área cultural, mas no setor empresarial muita gente agora se interessa, pois cresce a presença corporativa brasileira nos demais mercados sul-americanos. A Colômbia, em particular, ganha muita atenção, pois tem o segundo mercado doméstico mais importante da região após o Brasil. Da mesma forma, a curiosidade dos colombianos pelo nosso país se amplia, mobilizando muita gente a aprender o português, além de se informar sobre a cultura e a economia brasileira”.

O livro serve como introdução ligeira à Colômbia, além de discutir a questão da integração continental. É, para o autor, também um trampolim convidativo para estimular o leitor a outras leituras mais ambiciosas ou a viagens de conhecimento cujo propósito transcende o interesse meramente turístico.

A obra é publicada pelo sistema editorial Clube de Autores. Clique aqui para visitar sua página.

Veja a entrevista que fizemos em janeiro do ano passado com Edvaldo Pereira Lima.

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Com a ajuda de polias, roldanas, gatos buliçosos, botas e parafusos, as máquinas de Goldberg cumprem uma função neste mundo: dificultar as tarefas mais simples. Pra que acionar uma descarga apertando o botão quando se pode arquitetar uma engenhoca complexa com sete fases em que uma corda liga um abajur que ofusca um jabuti que bate num flamingo de plástico, acionando uma mola de metal que desce uma escada em caracol, caindo sobre o pedal da latrina?

Nesta história de revanche e invenções mirabolantes, o garoto Getúlio, um adolescente punk e asmático, cumpre pena num acampamento de férias por ser antissocial na escola. Em meio à perversidade dos colegas à temida hora da ginástica, ele conhece o zelador Leopoldo, um velho melancólico com uma obsessão: construir geringonças. Juntos, arquitetam uma ambiciosa vingança que une as fugas de Bach às variações de Rube Goldberg, numa engenharia absurda que vai se expandindo até instaurar o terror no coração da Montanha Feliz.

A Máquina de Goldberg
Vanessa Barbara e Fido Nesti
Gênero: Graphic novel
Selo: Quadrinhos na Cia.
Preço: R$ 34,50

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Clique na imagem para ampliá-la.

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Na semana passada, aproveitei a passagem do português Valter Ugo Mãe por São Paulo para comprar os livros que ainda não tinha dele e conseguir algumas dedicatórias. Para minha surpresa, não decifrei completamente o que ele escreveu em nenhum dos quatro exemplares autografados (veja um deles acima), mas beleza, valeu a boa intenção.

Livros com dedicatórias – seja ela do autor o da pessoa que presenteia com uma obra – são uma espécie de fetiche entre leitores e o tumblr “Eu te dedico” é uma espécie de acervo coletivo destes exemplares. Vale conhecer a página, explorá-la e, se possível, colaborar com o projeto, que, além de mostrar a imagem do livro com a dedicatória ainda contextualiza o porquê dos escritos.

E, por favor, se alguém conseguir entender a segunda parte do que o Valter Ugo Mãe escreveu, deixe a tradução aí no comentário!

Ps: Conheci o “Eu te dedico” por meio do “Sobre leituras e observações”, que também recomendo.

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O escritor Valter Hugo Mãe, tido como um dos maiores nomes da literatura portuguesa nos últimos anos, estará em um bate-papo sobre o lançamento de O filho de mil homens, que acaba de ser lançado no Brasil pela Cosac Naify  (junto com o nosso reino, pela Editora 34). A conversa será mediada por Daniel Benevides e acontecerá na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho (nº915), em São Paulo, a partir das 19h30.

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Confira aqui a entrevista que fizemos com o autor.

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Os escritores ficcionistas sabem o quanto é difícil criar um livro. Qual história contar? O que serve ou não para aquela história? Tais cenas são suficientemente boas para compor a obra? Como construir o personagem? Quais características ele terá? Vai gostar de cerveja ou vinho? Quanto do real estará presente nas páginas? Quais palavras usar para descrever uma situação que pode ser descrita de inúmeras maneiras? Qual o melhor começo? Por onde começar a escrever? Construo primeiro um final, a primeira frase, crio um roteiro…?

É sobre essa aflição do autor que trata Procura do romance, de Julián Fuks, publicado neste mês pela Record. O personagem principal da obra é Sebastán, um escritor brasileiro que retorna à Argentina para, no apartamento onde cresceu e passou boa parte da juventude, procurar inspirações para o seu próximo romance. Boa parte toda a história se passa na cabeça de Sebastián. Quase todos os objetos que toca, cenas que vê e pessoas que tem contato são capazes de fazer com que o personagem desencadeia uma série de pensamentos ou mergulhos em sua memória. Até as coisas mais banais desencadeiam-lhe ideias e sentimentos. A dúvida é sempre a mesma: posso usar isso ou não para o próximo livro? A conclusão é quase sempre negativa. E quando esses mergulhos na consciência de Sebastán tocam o passado do escritor, acabam por revelar, até de forma inesperada, um pouco da história do personagem.

Contudo, antes de qualquer coisa, Sebastián é um traído, uma traído pelo seu próprio criador. De nada adiantaria ele achar uma ideia brilhante para a sua obra. O narrador tem acesso a tudo o que se passa em sua cabeça e revela essas confabulações em Procura do romance. Se a história do livro é a história de Sebastián em busca de uma história, qualquer história que Sebastán pensasse já estaria retratada no livro de Fuks. Ou seja, já teria sido contada, revelada. Na verdade, tudo o que Sebastián descarta, Fuks aproveita em Procura do romance.

Fuks opta por começar a obra com a fala de uma personagem em espanhol para nas páginas seguintes explorar a consciência de Sebastián. O recurso de usar o espanhol para a fala dor personagens argentinos é bastante interessante, uma pena que não tenha sido mantido nos diálogos mais extensos. Ao compor a narrativa, o escritor também demonstra um vasto conhecimento das palavras da língua portuguesa, contudo, a variação vocabular – que por si só é uma grande qualidade – em alguns momentos parece forçada, o que acaba deixando um ar de pretensão exacerbada. Essa pretensão também está presente em algumas descrições, às vezes carregadas de detalhes que não fazem a menor diferença para o texto – não cumprem função estética alguma e frequentemente travam a  leitura – ou para a história.

Tradutor e autor de Histórias da literatura e cegueira e Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e eu, Fuks possui diversas semelhanças com Sebastián. A mais óbvia é que ambos são escritores. Mas os dois são brasileiros filhos de país que vieram da Argentina para o Brasil fugindo da ditadura e possuem uma forte ligação com o país vizinho. Em muitos momentos, Fuks parece colocar em Sebastián as suas opiniões, apenas para dizer o que pensa de alguns assuntos, como a arte voltada puramente para aspectos comerciais.

Ainda com relação à ditadura, o tema parece ser o grande mote para a produção artística na Argentina – ou das histórias que na Argentina se passam – nos dias de hoje. É bastante comum vermos filmes e livros que tratam do assunto com bastante profundidade e que, por mais que a enredo tome outros rumos, acaba flertando com o período que os militares argentinos estiveram no poder de seu país, como é o caso de Procura do romance.

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No dia 1º de dezembro, quinta-feira, às 19h30, a Cosac Naify promove o lançamento oficial da nova edição de Guerra e paz, de Liev Tolstói, no Itaú Cultural, em São Paulo. O evento será marcado por um debate entre o tradutor (inclusive da obra em questão) e escritor Rubens Figueiredo, a historiadora e professora de história moderna da USP Laura de Mello e Souza e a professora de literatura russa da USP Elena Vássina, com mediação do jornalista e coordenador de comunicação da Cosac Naify Daniel Benevides.

Guerra e paz descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia ao mesmo tempo em que acompanha os amores e aventuras de Natacha, Andrei, Pierre, Nikolai, Sônia e centenas de coadjuvantes, não menos marcantes. Baseado em meticulosa pesquisa, Liev Tolstói (1828-1910) reconta os episódios que culminaram na derrota francesa e retrata personagens reais, como Napoleão e outras figuras históricas. Esta é a primeira edição brasileira com tradução feita diretamente do russo. O preço sugerido para o livro são salgadíssimos 198 reais.
ITAÚ CULTURAL – SALA VERMELHA
1/12, quinta-feira, das 19h30 às 22h
Av. Paulista 149, São Paulo (SP)
Mais informações: (11) 2168-1777
Capacidade 70 pessoas
Sujeito a lotação do espaço

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