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Posts Tagged ‘Ray Bradbury’

Em meados do ano passado, sorteamos o livro Fahrenheit 451 e o ganhador foi Marcelo Monich (que tem um blog sobre cervejas). Apósde ler o livro, ele resolveu passá-lo adiante, com a condição de que sempre depois que alguém lesse, anotasse seu nome em uma das páginas da obra e repassasse-a novamente. Agora ele me mandou uma foto com as pessoas que já leram o clássico de Ray Bradbury adaptado para os quadrinhos, vejam só:

Acredito que ainda mais pessoas já tenham lido o exemplar mas não tenham registrado seus nomes. E como é bom saber que uma iniciativa dessa vem dando certo, sem que nenhum malandrão tenha se apossado do livro.

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Quer ganhar um exemplar da versão em quadrinhos, feita por Tim Hamilton, de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury? Pois bem, então vamos sortear.

Para participar da promoção basta tuítar a frase abaixo. O vencedor será anunciado no dia 15 de junho, às 17 horas.

Eis a frase:

Fogo nos livros? Quero ganhar um exemplar de Fahrenheit 451 em quadrinhos que o @cantodoslivros está sorteando! http://kingo.to/ETT

Não esqueça de colocar do link compactado no seu tuíte.

Boa sorte!

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O cenário é desolador. As pessoas pouco conversam. As televisões são projetadas nas paredes das casas – em um mesmo ambiente, se os quatro lados puderem ser transformados em telas, um tanto melhor. Quase ninguém presta atenção no que está ao seu redor. As publicidades possuem tamanhos colossais, para que os jovens que dirigem a mais de 190 quilômetros por hora possam vê-las.

Nesse lugar, qualquer livro é um objeto proibido. Para que não haja risco da população possuir bibliotecas – ou um mísero exemplar de alguma obra –, bombeiros são encarregados de atear fogo em qualquer livro que encontram. Isso mesmo, em Fahrenheit 451 (temperatura na qual o papel pega fogo) os bombeiros colocam fogo em livros, ao invés de apagar incêndios. O objetivo? Acabar com discussões provenientes de pensamentos opostos e, consequentemente, trazer a felicidade para todo o povo.

A história tem Montag, um bombeiro, como personagem principal. O cara se orgulha de sua profissão e realiza sua tarefa com prazer, até que um dia se encontra com Clarisse, sua vizinha de 17 anos. A menina – uma “subversiva” que ousa admirar as flores e sentir prazer em tomar chuva – puxa conversa com Montag e o questiona de diversas coisas relacionadas à forma como ele leva a vida. Ao final do papo, começa a surgir no bombeiro uma espécie de rebeldia, que propulsionará a mudança que acontece com o personagem ao longo da história.

Escrito por Ray Bradbury, Fahrenheit 451 foi transposto para os quadrinhos por Tim Hamilton (com autorização e aprovação Bradbury) em 2009 e agora chega ao Brasil pela Globo Graphics. A adaptação segue fielmente a obra original, mantendo inclusive as falas mais marcantes dos personagens. Como o texto de Bradbury conta com poucas descrições de cenários, a maioria dos desenhos são repletos de sombras, o que permite ao desenhista omitir boa parte dos espaços onde a história se passa ou trabalhar apenas com traços mais simples. Consequentemente, esse recurso acaba proporcionando à história um clima mais sombrio do que a sua versão original. Também em decorrência dos parcos cenários, os planos mais fechados são bastante utilizados, para que a atenção esteja realmente centrada nos personagens – por isso mesmo, as expressões nos rostos de cada um deles poderiam ser melhor trabalhadas.

Caso Hamilton tivesse se preocupado um pouco mais com a maneira que a história é contada nos quadrinhos, o resultado final de seu trabalho com certeza seria melhor. Em muitos momentos falta dramaticidade. O tom dos acontecimentos pouco varia, quase tudo parece acontecer sob o mesmo clima, e isso acaba por prejudicar um pouco a intensidade das cenas.

Apesar da obra ser bem adaptada para os quadrinhos, ela perde parte de suas forças nesse formato de mídia. Uma história que fala sobre uma sociedade onde os livros são proibidos e queimados possuí um significado muito maior quando contada exatamente em um livro. E que fique claro que livros e histórias em quadrinhos, por mais que possuam formatos muito semelhantes, são mídias distintas. Para boa parte dos estudiosos, inclusive, as Hqs se aproximam muito mais do Cinema – principalmente por causa da relação entre palavras e imagens – do que da Literatura.

A versão em quadrinhos de Fahrenheit 451 poderia ser melhor em alguns pontos, mas, apesar disso, é sim uma boa obra e uma excelente opção tanto para quem já leu o livro quanto para aqueles que desejam conhecer essa história, que está no hall dos grandes clássicos da ficção científica com teor distópico, junto com 1984, de George Orwell, Admirável mundo novo, de Aldous Huxley e Laranja mecânica, de Anthony Burgess.

Livro: Fahrenheit 451

Autor: Ray Bradbury e Tim Hamilton

Tradução: Ricardo Lísias e Renato Marques

Editora: Globo

Páginas: 160

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